domingo, 10 de junho de 2007

Cientistas conseguiram filmar um elétron em movimento

Os pesquisadores da Universidade Brown, Estados Unidos, Humphrey Maris e Wei Guo, conseguiram fazer o que parecia impossível: filmar um elétron e em movimento. Bem que não foi literalmente o elétron, com vocês perceberão adiante.

Vejam o que eles disseram:
"Nós ficamos impressionados quando vimos um elétron se movendo ao longo da tela," conta Maris. "Mas, depois que tivemos a idéia, realizá-la foi surpreendentemente fácil."

Bom, vamos ao que interessa, a explicação e o método:


Um elétron livre repele os átomos ao seu redor, criando um pequeno espaço - uma bolha - ao redor de si mesmo. Nos líquidos convencionais, a bolha permanece minúscula porque a tensão superficial age em oposição à força repulsiva do elétron.

Já o hélio superfluido tem uma tensão superficial muito pequena, permitindo que a bolha fique grande. As duas forças opostas se equilibram quando a bolha alcança um diâmetro de cerca de 40 angstrons - 1 angstrom equivale a 0,1 nanômetro, ou 10-10 metros. Essa é mais ou menos a dimensão de um átomo e milhares de vezes menor do que o comprimento de onda da luz visível, o que torna impossível uma filmagem direta.

Os cientistas então utilizam um transdutor planar - um alto-falante que emite ondas sonoras planas, não focalizadas - para golpear a bolha inteira com ondas sonoras. Quando cada onda atinge o bolha do elétron, ela alternadamente aumenta e diminui a pressão ao seu redor.
Quando a pressão é negativa, a bolha se expande até atingir cerca de 8 micrômetros - quase do tamanho de um grão de areia. Ela retorna ao seu tamanho original assim que é atingida pela próxima onda sonora.

Utilizando uma luz estroboscópica, sincronizada com o pulso de ondas sonoras, foi possível iluminar as bolhas em seu ponto máximo sem gerar aquecimento na câmara de hélio super-frio. Aí foi só fotografar as bolhas. Tendo coletado mais de 2.000 fotografias, os cientistas conseguiram fazer um verdadeiro filme dos elétrons se movimentando ao longo do hélio líquido.

Fonte: Inovação Tecnológica
Veja a reportagem no site da Brown University

2 comentários:

Uljota disse...

Cara! muito boa a postagem!
que massa!!!!!

skox disse...

Esse H. Maris é aquele que afirma ter fracionado um életron em duas subpartículas desconhecidas que ele chamou de "eletrinos".

Aki está um linkl falando da experiência dele com o életron, em 2000:

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=1114&bd=1&pg=1&lg=

Vlw e até ...